domingo, 5 de dezembro de 2010

Reencarnação


Através do Espiritismo, tomamos conhecimento sobre as leis morais e as leis de Deus. E quanto mais conhecimento nós tivermos, mais responsabilidade teremos sobre nossos atos. E é também graças à doutrina espírita que podemos enxergar que o que mais importa não são as coisas materiais, mas sim o futuro do espírito.

E o futuro, é claro, depende do que fazemos hoje. Dito isto, chegamos ao tema deste texto.

A reencarnação é uma nova existência na carne para que a alma evolua e siga o caminho da perfeição. No Livro dos Espíritos está escrito que “a justiça de Deus proporciona novas chances para aqueles que não puderam alcançar o objetivo em uma primeira prova”.

É por isso que temos reencarnado, vez após outra, desde o tempo em que éramos homens das cavernas. O ponto em que estamos hoje é o máximo que já obtivemos em níveis de evolução – e devemos sempre lutar contra nossas más inclinações para que consigamos melhorar cada vez mais.

Mas não dá para falar neste assunto sem entrar em um tópico muito importante: família.

Os espíritos formam, fora do plano material, seus grupos afins. Eles se unem pela afeição, simpatia e vontades parecidas, assim como qualquer grupo de amigos aqui na Terra. Esses espíritos sempre procuram-se, e a encarnação só os separa momentaneamente. Mas muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família aqui na Terra, e assim trabalham unidos pelo próprio progresso.

Mas Deus também permite que espíritos antipáticos reencarnem em uma mesma família, para que isto lhes sirva de prova. Aquele amigo a quem traímos e abandonamos no passado pode voltar ao nosso contato na forma de um parente difícil. Alguém que tenhamos levado ao suicídio pode voltar como um filho com uma doença incurável; a mulher a quem fizemos mal pode retornar como uma esposa problemática ou como uma filha incompreensiva.

Isso mostra a perfeição da justiça e da bondade de Deus, pois Ele permite que arrumemos aquilo que foi mal feito no passado.

E por que temos que consertar os erros no corpo físico, e não no espiritual? Muitos se fazem esta questão. Mas viver na carne é um desafio necessário para melhorarmos. Aqui na Terra temos que buscar soluções para as dificuldades, como para nos locomovermos a longas distâncias, nos comunicarmos com quem está longe, nos alimentarmos, nos curarmos de doenças e cuidarmos do meio ambiente. Todas essas barreiras nos ajudam a desenvolver nossa inteligência.

Outra dúvida que aflige as pessoas é: Há limites para a encarnação ou teremos que renascer infinitamente? Sobre isso, o Espiritismo explica que cada nova existência é um passo rumo à perfeição. Reencarnaremos até que sejamos espíritos puros. Aos poucos, conforme nossa evolução, o corpo físico vai se tornando menos denso, e em um futuro ele se confundirá com o perispírito, livrando-nos da carne como a conhecemos hoje.

E será que sempre renasceremos no mesmo planeta?
Bem, seremos atraídos a diferentes lugares, de acordo com a necessidade. A maioria de nós tem forte ligação com a Terra, desde sua formação, mas não podemos descartar a possibilidade de migrações para outras moradas.
Acredita-se que espíritos de outras esferas, mais evoluídas, estão renascendo na Terra, principalmente a partir de 1980, para preparar o planeta para os novos tempos. Segundo pesquisas, as crianças índigo possuem uma inteligência acima do normal, porém apresentam comportamento rebelde. Isso já está causando mudanças no sistema educacional, pois esses espíritos não aceitam seguir regras, e necessitam de muito amor e paciência. Aos poucos sai de cena aquele sistema bruto de educação, baseado em castigos, para dar lugar a um movimento que usa o carinho e o respeito para com os semelhantes.

Por outro lado, os espíritos que já estão há muito tempo sem obter resultados em sua evolução – aqueles que não aprendem nem com o sofrimento e continuam no caminho do mal – passarão a não mais encarnar na Terra. Serão levados a nascer em outras esferas, inferiores, onde terão mais dificuldades, ao mesmo tempo em que serão úteis, pelo fato de serem mais evoluídos do que os que lá se encontram.

A reencarnação é aceita por muitas religiões, e já foi defendida por várias figuras célebres, como Gandhi, Vitor Hugo, Tolstoi e Sócrates. O próprio Cristo já tinha dito: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.


Além disso, como explicar os “gênios”, que desde a infância mostram-se com faculdades superdesenvolvidas? Mozart já compunha valsas aos 6 anos de idade; Michelangelo foi considerado um artista completo aos 8; Vitor Hugo revelou-se como grande escritor aos 13. A explicação para esses fenômenos só pode ser uma: eles nasceram trazendo lembranças da vida passada.

Enfim, há muito o que se falar a respeito deste empolgante tema, mas o que mais nos importa é saber que A REENCARNAÇÃO FUTURA DEPENDE DA ATUAL. Nossa próxima vida poderá ser feliz ou dolorosa, dependendo de como levarmos a vida presente.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Livre Arbítrio

A palavra "arbítrio" significa "decisão dependente apenas da vontade". Assim, o fato de termos livre arbítrio é um presente de Deus, para que sigamos o caminho que desejarmos. Você pode escolher ler este texto ou ir fazer outra coisa. Isso não é ótimo? Há muitas pessoas neste momento fazendo algo de errado, e até cometendo crimes. Elas também estão exercendo seu livre arbítrio.

Foi o nosso estágio de evolução que permitiu essa dádiva. Antes disso, só tínhamos o instinto, que nos colocava no mesmo nível dos animais. Se uma cobra sente-se ameaçada, ela tenta picar. Ela não tem a capacidade de pensar que a pessoa que a está "ameaçando" pode ser um veterinário que quer salvá-la. Pois nos nossos primórdios, nós agíamos assim, só pelo instinto.

Porém, hoje nós fomos promovidos, já que adquirimos mais experiência e conhecimento. E essa promoção, além de nos ter trazido a liberdade, também nos trouxe a responsabilidade.

A responsabilidade é a obrigação em responder pelos próprios atos, ou pelo dos outros. Os pais são responsáveis pelos filhos, os professores são responsáveis pelos alunos. E como espíritos individuais que somos, ficamos responsabilizados pelas nossas próprias ações.

Deste modo, Deus é como um pai que diz ao filho: "Você não é mais criança, e por isso confio em você para sair à noite, e para dirigir o carro. Mas você, meu filho, terá que responder por aquilo que fizer. Se fizer alguma bobagem, terá que arcar com as consequências".

Por isso, o livre arbítrio é uma faca de dois gumes. Ele promove um DESAFIO, já que precisamos conciliar nossa vontade com a Lei de Deus. E é por isso que estudamos o Espiritismo: para conhecermos a Lei de Deus e nos adaptarmos a ela, evitando passar por sofrimentos mais tarde.

O progresso espiritual pressupõe o desenvolvimento da capacidade de dicernir o Bem do Mal, o que é essencial para que evoluamos moralmente. E é por isso que necessitamos da reencarnação: trata-se de um lento processo para irmos adquirindo aqueles três bens que nunca perdemos: a sabedoria, a ciência e o amor.

FATALIDADES

Fatalidade é todo destino que não se pode evitar. Sempre recebemos notícias de fatalidades, como quedas de avião, terremotos, balas perdidas, doenças, etc. Tais fatalidades não vêm pelo acaso, pois "Deus não joga dados". Tudo é consequência de nossas próprias ações do passado, que somente a reencarnação explica.

Quando desencarnados, podemos atingir um nível mais elevado de esclarecimento sobre nossas imperfeições e buscamos meios de atenuá-las, aceitando uma nova vida material sob as condições que nos parecem mais apropriadas. É por isso que muitos aceitam reencarnar em situações difíceis, ou até passar por uma desencarnação violenta, pois sabem que somente assim conseguirão melhorar.

Cada indivíduo carrega o fardo que escolheu, e que merece, e que necessita, e que suporta. Deus não faria ninguém passar por algo que não fosse necessário, ou insuportável.

Aqueles criminosos que ficam impunes pela justiça dos homens, carregam um peso maior ainda do que os que são punidos, pois diante de Deus não existe a impunidade. Aqueles, ao invés de aproveitarem a chance de responder pelos seus atos nesta vida, comprometem-se ainda mais nas próximas.

Por outro lado, aqueles que são injustiçados, como o sujeito que ficou preso por 30 anos sendo inocente, ou como aquele que trabalha a vida toda sem obter qualquer reconhecimento ou ganho material, devem procurar a causa de seus infortúnios nas existências passadas.

AÇÃO E REAÇÃO

A Lei de Ação e Reação diz que tudo o que fazemos volta na mesma intensidade para nós mesmos. Assim, quem infelicita o próximo, infelicita a si mesmo. Um exemplo simples é de quando ficamos com maus pensamentos sobre alguém. Logo estamos com dor de cabeça, sentindo angústia e remorso.

Mais cedo ou mais tarde, ou seja, nesta ou na próxima encarnação, a consciência nos despertará para a realidade. A dor inflingida a outrem ressurgirá no íntimo do nosso ser, e é por isso que aceitamos provas duras para reequilibrarmos nossa saúde espiritual. Caso não expurguemos o mal cometido, a mente cria complexos de culpa, psicoses, neuroses, etc.


Pensemos, portanto, em Jesus, para evitar qualquer prejuízo futuro. Ele foi um exemplo de como bem utilizar o livre arbítrio:
Nunca obrigou seus discípulos a o seguirem;
Ajudou sem pedir nada em troca;
Renovou Maria Madalena sem constrangê-la;
Não ameaçou quem não o compreendeu;
Permitiu que Pedro o renegasse e que Judas o traísse;
Deu a Pilatos o poder de escolha;
E na cruz, optou por perdoar seus agressores.

Podemos escolher entre sermos honestos ou desonestos, entre o perdão ou a crueldade, entre sermos úteis ou inúteis, leais ou traiçoeiros, mas RESPONDEREMOS PELOS NOSSOS ATOS. Não se trata de castigo, mas de responsabilidade.

domingo, 5 de setembro de 2010

Nosso Lar - O Filme

Quando eu li o livro Nosso Lar, há muitos anos, meu lado cinéfilo ficou bastante empolgado com a ideia de ver aquela história no cinema. Pois foi com muita emoção e curiosidade que recebi a notícia, algum tempo atrás, de que o longa seria realmente produzido. Porém, devo confessar que o nome de Wagner de Assis (autor dos "roteiros" de Xuxa Popstar, Xuxa Requebra e Xuxa e os Duendes) como diretor e roteirista sempre pairou como uma grande sombra na minha esperança de sair daí um grande filme. E as primeiras críticas pós-lançamento pareciam confirmar meus medos.

Mas acabo de sair da sessão de Nosso Lar (lotada, por sinal) e me sinto muito tranquilo e feliz com o resultado. Reconheço que o filme apresenta defeitos, sobre os quais vou comentar abaixo, mas, no geral, seu saldo é extremamente positivo.

Antes de tudo, quero deixar claro que, desde o início da projeção, o espírita que existe dentro de mim entrou em "modo econômico". Ou seja, eu realmente procurei analisar a obra como cinema, sem negar os aspectos que o meu lado emocional poderia pensar em deixar passar.

Logo nos segundos iniciais, os acordes de Philip Glass já me levaram a outra sintonia. Adorei o tema que ele compôs para a trilha. Ela tem grande responsabilidade pelo sucesso do filme, e é muito marcante. Dificilmente alguém sai do cinema sem a música ainda ecoando nos ouvidos.

O roteiro mostra a trasformação de um famoso e duro médico, André Luiz, em uma pessoa humilde e perseverante — só que esta vem depois da morte dele. De início, o protagonista passa alguns anos no Umbral — uma assustadora região purgatorial, que foi muito bem apresentada no filme.

Se há algo para reclamar destas cenas iniciais, é do trabalho de certa atriz (uma quase figurante, na verdade) que atua exageradamente, zombando de André. Mas vá lá, isso não tem grande importância.

Intercaladas com as cenas no Umbral, há outras que mostram flashbacks da vida do protagonista, onde ficamos sabendo que, apesar de médico dedicado e pai de família, ele tinha seus esqueletos no armário. Nada tão grave para a época: vida boêmia, bebida, fumo, má vontade para atender pacientes fora de hora, alguma dureza no tratamento à esposa e filhos...

No Umbral, André passa por um processo de degeneração que merece aplausos. Logo ele está extremamente magro, com longas barbas e exausto, e é quando ele finalmente pede ajuda a Deus e é resgatado por uma equipe de espíritos de luz. O fim dessa sequência me incomodou novamente um pouco e, pasmem, a culpa é de alguns maus figurantes. E esse defeito será recorrente.

Tal início é uma boa amostra de como será o resto do filme, apesar de aí os cenários mudarem completamente: daquela tenebrosa região, o protagonista é levado até a magnífica cidade espiritual do título. É quando os efeitos especiais se fazem mais visíveis, e não posso dizer que os achei fracos. Talvez eles não sejam tão inovadores e surpreendentes para os padrões de Hollywood, mas em nenhum momento me decepcionaram.

A mistura de trilha sonora grandiosa e bons efeitos não é novidade alguma, mesmo para quem ainda não assistiu ao filme, pois foram muito noticiados. Eu só quero reforçar que eu REALMENTE gostei de ambos. Alguns críticos disseram que os efeitos eram fracos e a trilha era piegas — mas de fato, eu os apreciei!

Outra crítica que ouvi muito por aí foi com relação ao elenco. Mas sinceramente, neste aspecto só vi problemas com aqueles papéis menores, como já mencionei. Renato Pietro faz um bom trabalho no papel de André Luiz, assim como Fernando Alves Pinto (Lísias), Rosane Mulholland (Eloísa) e todos os globais (Werner Schünemann, Othon Bastos, Ana Rosa, Paulo Goulart, Chica Xavier). O negócio é que nenhum deles se arrisca a uma interpretação mais corajosa ou sutil, o que não é um grande problema, em minha opinião.

Na verdade, uma característica da produção parece ser a falta de sutileza de Wagner de Assis, que como diretor e roteirista, prefere não arriscar a entregar algo incompreensível para o espectador. Tudo é devidamente explicado, e creio que foi aí que pegou mal na opinião dos críticos. Ultimamente o cinema tem proporcionado belos trabalhos de atuação, em que um simples piscar de olhos pode indicar algo ao público — mas não vemos este estilo de trabalho em Nosso Lar. Também pudera: Renato Pietro nunca teve experiência no cinema — apenas no teatro, onde cada sussurro deve ser gritado, e cada expressão facial deve ser exagerada, a fim de que os espectadores da última fila possam compreender a peça. E se o protagonista segue por esse rumo, os outros atores devem fazer o mesmo processo, para não haver um contraste negativo, certo?

E por falar em contraste negativo, outra coisa que notei foi a relativa pobreza dos cenários interiores, em oposição à beleza plástica dos maravilhosos exteriores. Mas como eu disse, essa fraqueza é "relativa", já que eles só ficam feios quando comparados com o lado de fora das edificações. E a observação só vale para as casas da cidade espiritual, já que na Terra, a casa de André Luiz é muito convincente como um lar dos anos 30.

Mas voltando ao didatismo de Wagner de Assis: creio que, apesar de tudo, a maioria das suas explicações não é descartável. Ao menos no caso daquelas que envolvem ensinamentos sobre a doutrina espírita. Há poucas cenas e diálogos realmente desnecessários, como aquela do companheiro de quarto a quem André dá um copo d'água. Para começar, aquele ator faz um trabalho fraco. Mas o maior problema é que não era necessário explicar qual a verdadeira função de não se engolir a água, pois isso já havia ficado entendido antes. Talvez o diretor tenha preferido pecar pelo excesso do que pela falta, mas graças a Deus isso não ocorre tantas vezes.

Um ponto que devo elogiar é a movimentação de câmeras. Eu esperava um filme muito mais tradicional neste quesito, e fiquei feliz com o resultado. Dos exemplos que lembro, o melhor é o que mostra uma descida de Nosso Lar até o Umbral, logo no início do filme, estabelecendo uma alusão à posição do céu e do inferno.

Reparei também nas diversas liberdades criativas que foram tomadas em relação ao livro. O personagem Emmanuel, por exemplo, que não faz parte do romance, é bem aproveitado pelo roteiro, e é responsável por estabelecer uma ligação do público com outras obras de Chico Xavier. Para deleite de todos os espíritas, ela até comenta sobre Há 2000 Anos e sobre o "irmão que está na Terra preparado para receber mensagens dos espíritos" (o próprio Chico, é claro).

E se devo falar de mais uma coisa que me incomodou, talvez seja a rapidez com que André se transforma. Estou acostumado com filmes mais longos, em que a mudança ocorre muito sutilmente, e creio que Nosso Lar, para esse efeito, tivesse que ter mais cenas (apesar disso, a duração de cerca de 105 minutos é correta - Nosso Lar não é nem muito curto, nem logo demais).

Também não posso deixar de comentar o ato final, quando André recebe permissão para visitar a Terra. Esta cena foi aumentada em relação à do livro, e isso foi uma decisão que me agradou. Palmas para o estabelecimento do protagonista como uma luminosidade especial em torno de si, que não se confunde com a dos vivos. E muitas palmas para Chica Xavier, que mesmo com uma minúscula aparição, conseguiu me arrancar mais algumas lágrimas dos meus olhos (sim, me emocionei várias vezes durante a projeção, e isso sempre significa que o filme é muito bom).

Como podem reparar, eu prestei muita atenção aos detalhes técnicos do filme, e reconheço vários problemas. Ainda assim, chorei em vários momentos! E eu SINCERAMENTE me senti muito bem após os créditos finais e estou até agora, como se eu tivesse recebido um abençoado sopro reparador de minhas energias. Mas se isso foi mérito do filme ou de espíritos que estavam na sala do cinema amparando o público com suas boas vibrações, isso eu não sei (4 estrelas em 5).

Luiz Fernando Riesemberg

domingo, 30 de maio de 2010

Deus

Segundo o Livro dos Espíritos, Deus é "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Vamos tentar entender esta afirmação. Bem, Inteligência Suprema e Causa Primária de Todas as Coisas são, praticamente, sinônimos. Como exemplo, imagine uma cadeira. Quem a criou? "O marceneiro", será a resposta. E quem criou o marceneiro? A resposta será "Deus". Mas há outra forma de se seguir o raciocínio: De que é feita a cadeira? De madeira. E de onde veio a madeira? Ora, de uma árvore. E de onde veio a árvore? Da terra. E quem criou a terra? Se formos fazendo perguntas e multiplicando-as até chegar a origem de todas coisas, sempre chegaremos a Deus.

Deus é o criador, a fonte de tudo. E temos certeza de Sua existência até mesmo graças à Ciência, pois esta afirma que "todo efeito tem uma causa". Logo, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. Ou seja, se o homem é inteligente, só pode ter sido criado por uma inteligência maior.

No Espiritismo aprendemos que, no grau evolutivo em que nos encontramos, é inútil tentarmos definir Deus de uma forma muito mais profunda. Falta-nos maior riqueza de linguagem e raciocínio. É como aquela história do menino na praia que, usando uma concha, tentava colocar todo o mar dentro de um buraco cavado na areia. É muita coisa para caber em nossa cabeça. Mesmo assim, vamos tentar descobrir até onde podemos chegar na tentativa de se entender Deus com lógica.

A primeira pergunta do Livro dos Espíritos é "Que é Deus?". Note que não foi perguntado "Quem é Deus", pois não podemos ter essa visão antropomórfica, tanto difundida no antigo testamento. Lá Deus é visto como um ser vingativo, que demonstrava claramente preferência por um de seus filhos (Abel) e ficava raivoso caso O desobedessessem. Em muitos povos antigos as religiões eram politeístas e acreditavam em deuses com várias características humanas. Antropomórfica é também aquela nossa velha imagem infantil de Deus como sendo um velho barbudo sentado em um trono. Mas com a chegada de Cristo essa imagem mudou para a de um Deus amoroso e Pai. Será que foi Deus mesmo que mudou, ou apenas a visão que a humanidade tinha Dele?

Deus não se mostra — Ele Se revela por Suas obras.

Voltando àquela questão de Causa e Efeito, vamos simplesmente pensar na Natureza. Seria possível que as montanhas, as florestas, os animais e os mares fossem produzidos por forças materiais? Mecanicamente? Por automatismo? Essas teorias que muitos cientistas ainda defendem significariam que tudo o que há ao nosso redor é fruto do acaso.

Outra prova da existência da Deus está no comportamento dos povos selvagens. Muitas tribos acreditavam na existência de um Grande Espírito, ou do Espírito da Floresta. Como isso se explica, se nada fora ensinado a eles sobre religião? Explica-se pela intuição coletiva de que existe algo maior, criador das árvores, da Lua, do Sol, das estrelas.


Como é Deus?

Mesmo para os que acreditam Nele, há esta dúvida. Afinal, qual seria a forma de Deus? Uma reflexão sobre isso é: "Observemos a perfeição de suas obras". Pense na complexidade do ser humano, tanto no corpo como na mente. Pense no tamanho e no movimento dos planetas. Lembre-se de um momento em que o Amor te inundou. Pois Deus é a potência máxima e infinita de tudo isso. Ele possui um grau supremo de qualidades. Lembro-me de uma piada contada por Divaldo P. Franco:

Um homem se encontra com Deus e pergunta a Ele:
"—Deus, para Você quanto é 1 milhão de anos?".
Deus responde:
"— Para mim é um segundo!".
O homem faz outra pergunta:
"— E para Você quanto é um milhão de dólares?".
Deus:
"—Para mim é um centavo!".
O homem pensa e diz:
"—Deus, me empresta um centavo?".
E Deus:
"—É claro! Espere um segundo...".

Sabemos, através da doutrina espírita, que Deus possui os seguintes atributos:

É eterno — ou seja, não terá fim, e também não teve um começo (senão teria sido criado por outro ser, e este sim seria o Criador)

Infinitamente perfeito

Imutável

Imaterial

Único

Onipotente

Soberanamente justo e bom

Uma pergunta que também aflige a muitos é: "Como Deus, sendo tão grande, pode se incumbir de detalhes tão pequenos, como os pensamentos mesquinhos que tive hoje?". A resposta não está ainda na capacidade de compreensão do homem, pois seu raciocínio é limitado. Mas podemos ter uma ideia: Imagine seu corpo, com todos os membros e articulações. Se alguma coisinha do corpo anda com um problema, não importa onde, nós sentimos uma dorzinha, ou uma coceirinha, não é? Esta é uma maneira simples de explicar a questão do fluido cósmico universal.

O Fluido Cósmico Universal é algo em que o universo está mergulhado, que pode penetrar em absolutamente tudo, inclusive em nossos pensamentos. E é um fluido inteligente, que preenche todos os átomos. A dúvida é a de se haveria um foco gerador deste fluido, ou se ele estaria espalhado uniformemente por tudo.

Mas isso também não importa. Pois se Ele é infinitamente Justo e Bom, só pode querer o nosso bem, e é por essa razão que devemos confiar Nele.

Luiz Fernando Riesemberg

(Texto que faz parte de uma série de artigos baseados em aulas que ministrei no curso de espiritismo para jovens, em 2009)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Princípios Básicos da Doutrina Espírita


Os fenômenos considerados sobrenaturais, como a manifestação de espíritos, ocorrem desde o início da história do nosso planeta. A própria Bíblia contém um grande número de relatos sobre médiuns e materializações, por exemplo. Porém, a origem do Espiritismo (termo cunhado por Allan Kardec) remonta ao século XIX, quando a Europa se interessou pelo estudo das mesas girantes.

Pessoas de várias classes entretiam-se com as mesas que, misteriosamente, moviam-se e podiam responder perguntas através de movimentos específicos para dizer "sim" ou "não". Os mais racionais começaram a entender que aqueles objetos inanimados não poderiam demonstrar inteligência, já que não tinham cérebro, e então passaram a investigar as causas do fênomeno, culminando com a publicação das cinco obras básicas do Espiritismo, escritas por Allan Kardec com base nas informações transmitidas pelos espíritos.

É importante ressaltar que essas obras não foram simplesmente ditadas pelos desencarnados. O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese contém informações que somente os espírios poderiam nos fornecer, mas são frutos da razão de Kardec, um pesquisador com mente científica, que pesquisou muito antes crer naquilo que codificou.

Foi desta forma que teve início a doutrina espírita: sua origem é divina, mas teve a iniciativa dos espíritos, e sua elaboração é resultado do trabalho do homem.

O Espiritismo prevê, basicamente, cinco princípios: A crença em Deus, a crença nos Espíritos, a Pluralidade das Existências, a comunicabilidade dos Espíritos e a pluralidade dos mundos habitados. Vejamos com mais detalhes cada um deles.

Deus
Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipoente, soberanamente justo e bom. Ele criou o Universo, no qual incluem os mundos materiais e imateriais.

Espíritos
São seres materiais quando fazem parte do mundo visível (ou seja, todos nós somos espíritos) ou imateriais (no caso, os desencarnados). Estes, habitam o mundo espiritual, que é o verdadeiro mundo, preexistente ao mundo material. Os espíritos revestem-se temporariamente pelo corpo, período que nós chamamos de vida física, mas o corpo é destruído com a morte, que devolve a liberdade ao espírito. A morte é apenas a destruição do nosso invólucro mais grosseiro.

Pluralidade das Existências
Ou seja, trata-se da Reencarnação. Ela é um veículo para a melhora do nosso estado evolutivo, pois proporciona a repetição de nossas provas e tarefas, até que atinjamos a perfeição moral. Já tivemos muitas encarnações e, provavelmente, ainda teremos muitas outras pela frente. E de agora em diante sempre na espécie humana, ao contrário do que acreditam algumas pessoas, que acham que ainda podemos reencarnar como animais (a evolução do espírito pode até estagnar durante algum tempo, dependendo do seu esforço, mas jamais regride).

Comunicabilidade
Os espíritos exercem influência sobre o mundo físico. Na verdade, eles estão por toda parte, ao nosso redor. Às vezes causam fenômenos ainda incompreendidos pela Ciência, como as psicografias.

Pluralidade das Mundos Habitados
No Universo existem vários mundos habitados, alguns mais avançados que a Terra, outros mais primitivos, tanto na esfera material como na espiritual.

Há relações constantes entre os Espíritos e os encarnados. Os bons espíritos nos auxiliam, enquanto os maus nos impelem para o mal. Essas comunicações podem ser ocultas ou ostensivas. As primeiras se dão através da inspiração (sabe quando de repente temos um "clique" e nos surge uma ideia brilhante?). As outras vem através da psicografia, das materializações, etc. Os espíritos podem se manifestar espontaneamente ou por invocação, e só o fato de se pensar em alguém que já desencarnou pode revelar-se uma bem sucedida invocação (mas não significa que o espírito irá manifestar-se, ele pode apenas aproximar-se, para o Bem ou para o Mal de quem o chamou). Os espíritos são atraídos pela simpatia que lhes inspira a Natureza Moral de quem os evoca.

Distinguem-se os espíritos bons dos maus principalmente pela sua linguagem e pelo conteúdo da mensagem que transmitem.

Entre aquilo que os bons nos ensinam, está o fato de que não há erros irreversíveis que a expiação não possa apagar. O nosso crescimento moral só depende dos nossos esforços e do desejo para o progresso. Sabemos também que a perfeição é o destino final de todos os seres.

É por isso que existe a expiação, que é um meio de purificação pelos crimes e faltas cometidas. É o cumprimento de uma pena. Essa é a explicação para qualquer sofrimento que existe no mundo, principalmente para aqueles casos que desafiam a crença das pessoas na bondade de Deus — quem nunca viu um deficiente físico de nascença e não se perguntou "Como Deus permite que alguns nasçam saudáveis e outros nesta condição tão difícil"? Pois o Espiritismo responde a estas questões através da imortalidade do espírito e da reencarnação.

Luiz Fernando Riesemberg

Obs: Este texto faz parte de uma série de artigos baseados em aulas que ministrei no curso de Evangelização Espírita para jovens, em 2009, no Centro Espírita Manoel Figueira Neto.

domingo, 23 de maio de 2010

Seminário "Evangelizador, Servidor de Jesus"

No dia 22 de maio, os diretores do Departamento de Infância e Juventude da Federação Espírita do Paraná, Tatiana e Nelson, apresentaram em São Mateus do Sul o seminário "Evangelizador: Servidor de Jesus", para um público de coordenadores de infância e juventude e outros trabalhadores das casas espíritas do município.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Escrito nas Estrelas


Desde que estreou, em 12 de abril, a nova novela das 6 tem atingido uma grande audiência e sendo bastante elogiada. Primeira trama de temática predominantemente espírita na emissora desde A Viagem, de 1994, Escrito nas Estrelas tem se mostrado bem ágil nas duas primeiras semanas, chegando a "matar" o mocinho logo no capítulo de abertura.

Escrita pela autora Elizabeth Jhin, o folhetim traz em primeiro plano a família do médico Ricardo Aguillar (Humberto Martins), que tenta se reerguer após o abalo de ter perdido Daniel (Jayme Matarazzo), seu filho único, em um acidente. O que ele não sabe é que o espírito do filho continua participando dos eventos da família, observando tudo o que acontece e às vezes até influenciando os encarnados a tomarem algumas decisões.

Pelo que pude perceber até agora, a novela não procura fazer o tipo "didática", ensinando termos complexos da doutrina espírita. Pelo contrário: está fazendo tudo de acordo com o tom de uma legítima novela das 6, forçando nos aspectos românticos e tornando a história o mais leve possível.

Com relação a este tratamento, não há nada do que se desculpar. Aliás, nas minhas aulas de literatura eu sempre faço uma comparação do gênero Romântico com as novelas das 6 da Globo. E se esse estilo faz tanto sucesso de público até os dias de hoje, é porque ele não pode ser ruim, não é mesmo?

O único problema que vejo em apresentar o Espiritismo de uma forma tão idealizada é que pode passar aos leigos uma imagem muito distorcida da doutrina. Por exemplo, no capítulo que foi ao ar dia 21/04, o personagem Daniel aprende que pode voar livremente por aí. A cena foi muito bonita, mas não levou nem dois minutos para surgir nas redes sociais da internet comentários como "Puxa, se depois da morte for assim, eu quero mais é morrer!". Sabemos que os espíritos podem volitar, sim, mas essa habilidade é adquirida por seus méritos, a custa de muito trabalho. Não é só querer e logo sair voando pela avenida Paulista.

Mas apesar desses voos da imaginação da autora, no geral o tom da novela não tem sido muito fora daquilo que estudamos na doutrina espírita. No capítulo do dia 22/04 os espíritos conversam sobre a necessidade de sintonia para se estabelecer contato com os encarnados, utilizando a comparação com um rádio. Puxa, eu sempre ouvi esse exemplo nos meus estudos sobre mediunidade!

O tema espírita é amplo, e felizmente Elizabeth Jhin demonstra ter conhecimento disso. É bem provável que a novela tome rumos bem inesperados, e que estes primeiros capítulos sejam apenas uma introdução ao que realmente vem por aí. Digo isso porque percebo que a história tem avançado em uma velocidade bem rápida, sem perder tempo em situações que não levam a nada e até abreviando cenas que um autor mais picareta exploraria mais. Por exemplo, em um minuto vemos dois personagens conversando sobre alguma coisa que eles precisam fazer, e depois corta para uma cena em que eles já fizeram aquilo. Isso não deixa aquela terrível sensação de que não acontece nada de realmente importante durante um capítulo, ou de que todo o suspense gerado sempre vai se revelar sem propósito.

Interessante também o jogo que é feito com os contos de fadas. Logo acontecerá um fato que lembra muito o baile da história da Cinderela, e já foram feitas referências diretas a esta personagem, inclusive a respeito do sapatinho de cristal.

Com relação ao elenco, acho que vale a pena ressaltar alguns pontos. Dos positivos nem há o que se falar: a atriz Nathalia Dill, que interpreta a batalhadora Viviane, faz um trabalho bem mais convincente aqui do que em sua novela anterior, Paraíso, quando pouco convencia na pele de uma menina rica e certinha. Humberto Martins está passando muito bem a tristeza de um pai que, só depois de perder o filho, percebe que poderia ter aproveitado melhor seu tempo — e também consegue transmitir o seu sincero desejo de redenção e renovação. Carol Castro tem mostrado que logo ganhará um papel de protagonista de novela das 8, encarnando uma Mariana tridimensional: simples, mas determinada; apaixonada, mas racional. E aquele que considero como um dos maiores atores do Brasil, Antônio Calloni, interpreta um personagem que os espíritas vão adorar e que vai fazer os ainda-não-espíritas olharem com muito mais interesse pela doutrina: o simpático Vicente é um apaixonado pelo Espiritismo e serve como um mentor, respondendo as maiores dúvidas dos não iniciados no assunto.

Como dá para perceber, elogiei o trabalho dos atores que interpretam os papéis dos "bonzinhos" da história. Mas como é uma novela das 6, por mais que os personagens busquem ser verossímeis e que seus inérpretes ressaltem o caráter humano de cada um deles, é impossível não haver os inevitáveis "vilões" da trama. E é aí que entram os pontos negativos da novela.

Até agora, os principais papéis de malvados cabem a quatro personagens: o truculento Gilmar (Alexandre Nero), a esnobe e interesseira Sofia (Zezé Polessa) e sua estúpida filha Beatriz (Débora Falabella) e a ciumenta Judite (Carolina Kasting).

De todos, até o momento Nero foi o único ator que conseguiu dar humanidade ao Gilmar, fazendo com que nos divertamos com seu jeito impaciente e puxa-saco, de modo que até torcemos para que ele mude e possa demonstrar seus outros atributos. Porém, a dupla de mãe e filha vivida por Polessa e Falabella parece ter sido criada somente com o intuito de ser objeto de ódio para o público. A mãe é petulante, grosseira, caprichosa e cínica, do tipo que reclama se vê a filha dos criados nadando na piscina em seu dia de folga e que estimula a própria filha a ter uma vida de luxo e facilidades. Já esta é apenas uma versão mais burra da própria mãe, não inspirando nem um pouco de simpatia e nem de graça, o que representa um total desperdício do talento de Débora Falabella.

O mesmo se aplica para Carolina Kasting, que até agora só fez cara feia para seu marido, o bondoso médico Dr. Guilherme (Marcelo Faria), e reclamando que não tem tempo para cuidar de si própria e que não quer que ele faça um trabalho voluntário aos sábados. Este ar maligno soa ainda mais anti-natural quando sabemos que a doce e forte Mariana está apaixonada pelo médico. Seria mais convincente se a autora da novela também apresentasse Judite como uma mulher que, apesar dos defeitos, também tem qualidades.

Mas, enfim: como eu escrevi lá no começo, Escrito nas Estrelas está só no começo e creio que ainda haverá muito tempo para desenvolver todos esses personagens e para responder várias questões que ainda nem foram comentadas. Por exemplo: por onde anda o pai de Viviane, e afinal por que ela ainda nem tentou encontrá-lo?

É cedo ainda, eu sei. Mas espero que o decorrer desta história seja tão cheio de emoção como foi A Viagem, que considero a melhor novela já prodizida pela rede Globo. Até o momento, Escrito nas Estrelas demonstrou ter gás o suficiente para chegar perto do que aquele trama conseguiu fazer nos anos 90.

terça-feira, 20 de abril de 2010

DR. BEZERRA FALA SOBRE AS HORAS DIFÍCEIS DA TRANSIÇÃO DO PLANETA


Mensagem do Espírito Bezerra de Menezes, contida no Livro “Herdeiros do Novo Mundo” ditado pelo Espírito Lucius através da psicografia do médium André Luiz Ruiz, recebida em 30 de julho de 2009.

“- Que a paz esteja em todos os corações, queridos filhos.
Observando o empenho de cada um na obra de todos nós, aqui estamos para congratular-nos com vossos esforços uma vez que, graças a eles, a eficiência dos atendimentos espirituais está ganhando em qualidade, o que se fazia necessário há muito tempo.
As horas difíceis se multiplicam a cada dia, no horizonte das criaturas que dormem.
Quando aconselhou ao homem convocado ao anúncio do Reino de Deus que deixasse aos mortos que lhe sepultassem o corpo do seu pai falecido, Jesus concitava-nos ao pensamento claro sobre a condição de mortos-vivos apresentada pela imensa maioria dos irmãos que estão ocupando corpos carnais neste momento, na terra.
Não dispostos a despertar ao som dos clarins generosos que convocam o idealismo ao serviço do Bem, os mortos-vivos estarão sendo chamados à vida, à consciência, à lucidez por meios diversos, mas igualmente dolorosos.
A falta de base firme, de alicerce na rocha, no entanto, fará com que esses imaturos seres, freqüentadores de religiões e cerimônias, não saibam como agir diante das agonias que terão de enfrentar.
Por esse motivo, queridos filhos, é que estamos aqui. É necessário estarmos alertas e vigilantes para que as angústias alheias não sejam assumidas como angústias próprias. São convocados a servir como enfermeiros junto à chusma dos doentes, lembrando-se de que precisam manter o cuidado para não se contaminarem com a epidemia.
E entre os homens haverá de se alastrar a do medo, a da revolta, a da agressividade à medida que a dor assumir a tarefa de produzir despertamento por atacado.
Não serão, apenas, as crises financeiras que irão toldar com seu manto de preocupações e angústias a alma dos indiferentes. Multiplicar-se-ão as enfermidades físicas, os acidentes geológicos e atmosféricos, as conflagrações sociais, de forma que a todos estará sendo avaliada a reação diante dos desafios diversos.
Serão bem-aventurados se guardarem a serenidade nas horas difíceis e, sem desespero nem entorpecimento, empenharem-se na obra da Esperança, sinalizando o caminho aos perdidos da rota.
Suas exemplificações serão tesouros no meio da tempestade e, graças a elas, os que possuam algum entendimento poderão encontrar forças para não desabarem na angústia coletiva nem tresloucarem-se em condutas desesperadas.
Dos dois lados da vida se realiza a grande transformação, já em andamento desde muitos anos, mas que se acelera nestes tempos, porquanto é necessário que todas as coisas sejam concretizadas.
Este aviso se destina a suas vidas pessoais, igualmente, porque em seus lares também repercutirão as mazelas que recairão sobre todos. Nada de privilégios especiais ou proteções injustificáveis, notadamente para aqueles que já sabem como se proteger.
Não seria lógico que se cuidasse mais do enfermeiro – que já se qualificou pelo aprendizado da enfermagem – do que do doente que nada conhece.
É como enfermeiros que estão habilitados na Escola da Vida todos aqueles que, como vocês, participam dos banquetes da Verdade do Espírito. Por isso, saberão velar pela dor alheia sem se olvidarem da higiene espiritual que os protegerá, da assepsia de pensamentos e sentimentos, da esterilização das palavras e atitudes para matar todos os germes que os contaminem com o mal.
Quando Noé aceitou construir a arca para salvar do afogamento os que nela quisessem entrar, assumiu para si próprio um imenso e extenuante trabalho. No entanto, graças ao devotado ancião, conseguiu ele próprio e sua família encontrarem a proteção e a segurança que os demais não quiseram, quando chegou o momento áspero da tormenta fatal.
Assim são os convidados do Senhor. Os próprios trabalhadores da última hora não estão livres do suor, do cansaço, do desgaste e dos testemunhos da fé.
No entanto, chegará o momento da serenidade se tiverem honrado com empenho a Obra de Deus.
Encarnados e desencarnados já estão sendo separados segundo suas vibrações específicas a fim de que a atmosfera humana não fique à mercê dos ataques da vasta horda da ignorância que se opõe aos nobres princípios representados pelo Cordeiro de Deus.
Esforcem-se por entrar pela porta estreita e não descansem até que o consigam. Do lado de fora, posso lhes afirmar, já há prantos e ranger de dentes.
Que a paz de Jesus vos abasteça em todos os momentos da vida, sobretudo na hora difícil dos testemunhos que são o prenúncio da Alvorada da Esperança.
Boa noite, queridos filhos.”

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Revista SuperFicial


A revista Super Interessante, que acaba de chegar às bancas, traz na sua capa, a foto do Chico Xavier, como inúmeras outras revistas que estão nas bancas, de todo o Brasil.

Ocorre que a matéria, escrita por uma repórter, chamada Gisela Blanco, é um verdadeiro festival de bobagens, com objetivos claros de denegrir a imagem do Chico, bem como a do Espiritismo. Qualquer pessoa que ler, vai perceber as intenções da repórter e não será muito difícil concluir sobre qual deve ser a tendência religiosa dela.

O meu amigo, Richard Simonetti, que leu a revista antes de mim, escreveu, imediatamente, uma carta à Direção de Redação da referida revista, como espírita não omisso e não praticante da falsa humildade que ele é, e eu também escrevi a minha. Ressalte-se que o Simonetti não costuma, também, deixar sem respostas as besteiras que são publicadas contra o Espiritismo, pelas grandes revistas.

Quero informar que, dando uma olhada nas revistas de uma banca de um Shopping, aqui em São Paulo, verifiquei, rapidamente, 14 revistas, que trazem o Chico na capa, ou alguma citação a ele, com matéria falando dele, mas, de forma positiva.

Passo, então, para a sua apreciação, a minha carta e a carta do Simonetti.

O email do Diretor de Redação está aí: Sérgio Gwercman, sgwercman@abril.com.br e também o geral da própria revista Super Interessante, que é o sgwercman@abril.com.br. Caso você queira, também, mandar um e-mail para lá, fique a vontade.

A/C Senhor Sérgio Gwercman

Diretor de redação da revista Super Interessante


Sou assinante dessa revista há muitos anos. Sempre a encarei como publicação séria, fonte de informações a oferecer subsídios para meu trabalho como escritor espírita, autor de 49 livros publicados.

Essa concepção caiu por terra ao ler, na edição de abril, infeliz reportagem sobre Francisco Cândido Xavier, pretensiosa e tendenciosa, objetivando, nas entrelinhas, denegrir e desvalorizar o trabalho do grande médium.

Isso pode ser constatado já na seção “Escuta”, com sua assinatura, em que V.S. pretende distinguir respeito de reverência, como se reverência não fosse o respeito profundo por alguém, em face de seus méritos.

Podemos e devemos reverenciar Chico Xavier, não por adesão de uma fé cega, mas pela constatação racional, lúcida, lógica, de que estamos diante de uma personalidade ímpar, que fez mais pelo bem da Humanidade do que mil edições de Superinteressante, uma revista situada como defensora do bom jornalismo, mas que fez aqui o que de pior existe na mídia – a apreciação superficial e tendenciosa a respeito de alguém ou de uma notícia, com todo respeito, como pretende seu editorial, como se fosse possível conciliar o certo com o errado, o boato com a realidade, o achincalhe com o respeito.

Para reflexão da repórter Gisela Blanco e redatores dessa revista que em momento algum aprofundaram o assunto e nem mesmo se deram ao trabalho de ler os principais livros psicografados pelo médium, sempre com abordagem superficial, pretendendo “explicar” o fenômeno Chico Xavier, aqui vão alguns aspectos para sua reflexão e – quem sabe? – um cuidado maior em futuras reportagens.

De onde a repórter tirou essa bobagem de que “toda essa história começou com as cartas dos mortos?”

Se as eliminarmos em nada se perderá a grandeza de Chico Xavier. A história começa bem antes disso, com a publicação, em 1932, do livro Parnaso de Além-Túmulo, quando o médium tinha apenas 22 anos.

A reportagem diz: “Ele dizia que não escolhia os espíritos a quem atenderia, só via fantasmas e ouvia vozes. Mas parecia ser o escolhido por celebridades do céu. Cruz e Souza, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e Castro Alves lhe ditaram versos e prosa.”

Afirmativa maliciosa, sugerindo o pastiche, a técnica de copiar estilo literário. O repórter não se deu ao trabalho de observar que no próprio Parnaso há, nas edições atuais, 58 poetas desencarnados, menos conhecidos e até desconhecidos, como José Duro, Alfredo Nora, Alma Eros, Amadeu, B.Lopes, Batista Cepelos, Luiz Pistarini, Valado Rosa… Poetas do Brasil e de Portugal que se identificam pelo seu estilo, em poesias personalíssimas enriquecidas por valores de espiritualidade.

Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis.

Não tem a mínima noção de que a técnica do pastiche, a imitação de estilo literário, é extremamente difícil, quase impossível. Pastichadores conseguem imitar uma página, uma poesia de alguém, jamais toda uma obra ou as obras de centenas de autores.

Afirma que Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida, sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso.

Fala também que Chico teria 500 livros em sua biblioteca e que “a lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos”.

E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros?

Quanto a Humberto de Campos, cuja família tentou receber na justiça os direitos autorais pelas obras psicografadas por Chico, o que seria ótimo acontecer, o reconhecimento oficial da manifestação dos Espíritos, esqueceu-se a repórter de informar que Agripino Grieco, o mais famoso crítico literário de seu tempo, recebeu uma mensagem do escritor, de quem era amigo. Reconheceu que o estilo era autenticamente de Humberto de Campos, mas que o fato para ele não tinha explicação, já que, como católico praticante, não admitia a possibilidade de manifestação dos espíritos.

Esqueceu ou ignora que Chico, médium psicógrafo mecânico, recebia duas mensagens simultaneamente, com ambas as mãos sendo usadas por dois espíritos. Desafio Superinteressante a encontrar um prestidigitador capaz de fazer algo semelhante.

Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Leia, também, sobre quem eram esses cientistas, para constatar que não agiam levianamente como está na revista.

A repórter reporta-se às reuniões mediúnicas das quais Chico participava como shows que o tornaram famoso e destila seu veneno. Cita o sobrinho de Chico que, dizendo-se médium, confessou que era tudo de sua cabeça, o mesmo acontecendo com o tio. Por que passar essa informação falsa, se o próprio sobrinho de Chico, notoriamente perturbado e alcoólatra, pediu desculpas pela sua mentira? Joga penas ao vento e espera que o leitor as recolha? Omitiu também a informação de que ele confessou que pessoas interessadas em denegrir o médium pagaram-lhe pela acusação.

Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias?

Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre.

E as mensagens dirigidas a pessoas ausentes? E os recados aos presentes? Não eram só mensagens. Eram incontáveis recados. A pessoa aproximava-se de Chico e ele, sem conhecer nada de sua vida, transmitia recados de familiares desencarnados, na condição de um ser interexistente, que vivia simultaneamente a vida física e a espiritual, em contato permanente com os Espíritos.

Lembro o caso de um homem inconformado com a morte de um filho. Ia toda noite deitar-se na sepultura do rapaz, querendo “ficar com ele”. Não contava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Em Uberaba recebeu mensagem do filho pedindo-lhe que não fizesse isso, porquanto ele não estava lá.

Durante muitos anos Chico psicografou receituário mediúnico de homeopatia. Perto de 700 receitas numa noite. Ficava horas psicografando. E os medicamentos correspondiam à natureza do mal dos pacientes, sem que o médium deles tivesse o mínimo conhecimento. Na década de 70 tive uma uveíte no olho esquerdo. Compareci à reunião de receituário. Escrevi meu nome e idade numa folha de papel. Não conversei com ninguém. Após a reunião recebi a indicação de dois medicamentos. Tornando a Bauru, onde resido, verifiquei num livro de homeopatia que o dois medicamentos diziam respeito ao meu mal. Curaram-me.

Concebesse a repórter que, como dizia Shakespeare, há mais coisas entre a Terra e o Céu do que concebe nossa vã sabedoria, e não se atreveria a escrever sobre assuntos que desconhece, com o atrevimento da ignorância.

Outras “pérolas” da reportagem:

Oferece “explicações” lamentáveis para o fenômeno Chico Xavier.

Psicose, confundindo mediunidade com anormalidade.

Epilepsia, descarga elétrica que “poderia causar alheamento, sensação de ausência, automatismo psicomotor”, segundo a opinião de um médico. Descreve algo inerente ao processo mediúnico, que não tem nada a ver com desajuste mental, ou imagina-se que o contato com o Espírito comunicante não imponha uma alteração nos circuitos cerebrais, até para que ocorra a manifestação? E porventura o médico consultado sabe de algum paciente que produza textos mediúnicos durante a crise epilética?

Criptomnésia, memórias falsas, lembranças escondidas no subconsciente do médium, ao ouvir informações sobre o morto. Inconscientemente ele “arranjaria” essas informações para forjar a “manifestação”.

Telepatia. Aqui o médium captaria informações da cabeça dos consulentes e as fantasiaria como manifestação do morto. Como dizia Carlos Imabassahy, grande escritor espírita, inconsciente velhaco, porquanto sempre sugere que é um morto quem se manifesta, não ele próprio.

Informa a repórter que “acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um polo do Espiritismo onde contaria com um apoio de amigos”.

Mentira. Ele deixou Pedro Leopoldo, onde tinha muitos amigos, não por estar “acuado”, mas simplesmente seguindo uma orientação do Mundo Espiritual, em face de tarefas que desenvolveria em Uberaba que, então sim, com sua presença transformou-se em “polo do Espiritismo”.

Na famoso pinga-fogo a que Chico compareceu, em 1971, na TV Tupi, um marco na história das entrevistas televisivas, com uma quase totalidade de audiência, diz a repórter que Chico foi “bombardeado por perguntas. Mas se safou.” Bombardeado? Safou-se? O que foi essa entrevista, um libelo acusatório contra um mistificador? Se a repórter se desse ao trabalho de ver a entrevista toda, o que lhe faria muito bem, verificaria que o clima foi de cordialidade, de elevada espiritualidade, e que em nenhum momento os entrevistadores “bombardearam” Chico. E em nenhum momento ele deixou de responder as perguntas com a sobriedade e lisura de quem não está ali para safar-se, mas para ensinar algo de Espiritismo.

Falando da indústria (?) Chico Xavier, há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Se eu divulgar via internet que Superinteressante recomenda o uso de cocô de galinha para deter a queda de cabelos, seria razoável que alguma revista concorrente citasse essa tolice, mencionando a suposta autoria, sem verificação prévia?

Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium.

Não fosse algo tão lamentável, tão séria essa agressão contra a figura respeitável e venerável de Chico Xavier, eu diria que essa reportagem, ela sim, senhor redator, foi uma piada de péssimo gosto!

Doravante porei “de molho” as informações dessa revista, sem o crédito que lhe concedia.

A repórter Gisela Branco esteve em Pedro Leopoldo e Uberaba com o propósito de situar Chico Xavier como figura mitológica. É uma pena! Não teve a sensibilidade nem o discernimento para descobrir o médium Chico Xavier, cuja contribuição em favor do progresso e bem estar dos homens foi tão marcante que, a exemplo do que disse Einstein sobre Mahatma Gandhi, “as gerações futuras terão dificuldade para conceber que um homem assim, em carne e osso, transitou pela Terra.”

E deveria saber que não vemos Chico Xavier como um mártir, conforme sugere. Não morreu pelo Espiritismo. Viveu como espírita. E se algo se aproxima de um martírio em seu apostolado, certamente foi o de suportar tolices e aleivosidades como aquelas presentes na citada reportagem.

Finalizando, um ditado Zen para reflexão dos redatores da Super:

O dedo aponta a lua.

O sábio olha a lua.

O tolo olha o dedo.


Richard Simonetti

Bauru, 3 de abril de 2010.

Fonte: http://blog-espiritismo.blogspot.com/2010/04/alamar-carta-revista-super-interessante.html

sexta-feira, 5 de março de 2010

Chico Xavier no Globo Repórter

O programa Globo Repórter, da Rede Globo, no dia 19 de março será sobre Chico Xavier e contará com a participação do Dr. Núbor Facure (médico e escritor espírita). O canal Globo News reprisará nos dias seguintes (sábado às 09:05h: e domingo às 13:05h), conforme a revista de programação.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Conferência Espírita - Pinhais, 12 a 14 de março


Maiores informações: clique aqui

Seminários em 2010

Prezados Irmãos.

Dentro da Agenda da FEP, temos programado para a URE 3ª Região, três seminários, sendo: 2 na área do DIJ e um na área Doutrinária, para os quais precisamos definir o local de realização, de acordo com o interesse das Casa Espíritas da Região, bem como onde podem aglutinar maior numero de participantes.

São Eles:
1- 24/Abril/2010 - MEDIUNIDADE: Como Entender esta faculdade? (Daniel DallaÁgnol e José V. Góis;
2- 22/Maio/2010 -EVANGELIZADOR - Servidor de Jesus - Equipe do Dij-FEP
3- 02/Outubro/2010- EVANGELIZAÇÃO NO SAPSE - Equipe do Dij.

Com relação ao acima solicitamos manifestar o interesse, sendo que para o seminário do dia 24, temos urgência na definição, face ao prazo para a confecção dos cartazes de propaganda.

Solicitamos o total empenho na divulgação da Palestra do Divaldo, no dia 09/março em Rio Negro, bem como a XII Conferência Estadual Espírita do Paraná, envidando todos os esforços por levarmos o maior número de pessoas possível, face a relevancia do fato, bem como por não sabermos se haverá outra oportunidade de termos o Divaldo em nossa região.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Espiritismo em foco

Recebi um e-mail interessante com alguns eventos que acontecerão em 2010 relacionados ao espiritismo, e estou dividindo com todos os leitores do blog.

Abaixo algumas coisas que estão acontecendo
ou irão acontecer ao longo deste ano. Olhem que maravilha!




LIVRO ESPÍRITA NA TV

O livro espírita “A Proposta do Coronel”, do autor Ariovaldo César Junior, foi anunciado pelo apresentador Ronnie Von no Programa Todo Seu – TV Gazeta, no período de 19 até 28 de janeiro de 2010, diariamente a partir das 22h15min.

Na página da internet www.tvgazeta.com.br/todoseu, há um espaço para sugestões de temas para o programa.

Participe e dê sua sugestão para que temas espíritas sejam abordados no programa, por exemplo, uma entrevista com o autor deste livro.

É mais uma oportunidade para vermos o Espiritismo ser divulgado nos meios não-espíritas.


NOVELA ESPÍRITA NA GLOBO

A Doutrina Espírita será tema da próxima novela das seis na Globo. Elizabeth Jhin é autora da novela "ALÉM DA VIDA”, que terá como protagonista o ator Humberto Martins, um pai atormentado pelo espírito desencarnado do filho (Jayme Matarazzo Filho) morto em um acidente e que volta do umbral para atrapalhar a vida amorosa do pai que se apaixonará perdidamente por sua ex-namorada (Nathália Dill).

O tema será a obsessão e a lei de causa e efeito.

A novela começará a ser apresentada em abril/2010.

Tanto a autora, como os três atores principais estão estudando as obras do espírito André Luiz para poderem compor a trama e os personagens.

Uma área enorme do Projac foi reservada para ambientar o umbral. Um campo de golfe próximo ao jardim Botânico será usado para as cenas que se passarão na colônia Nosso Lar.

Segundo a autora a novela trará um diferencial. Será colocada uma mulher como chefe do umbral.

A atriz Joana Fomm está sendo sondada para viver um espírito maligno que comanda boa parte do umbral, para onde o rapaz será levado após a morte. Ela o incentivará a se vingar.


HISTÓRIA EM QUADRINHOS SOBRE REENCARNAÇÃO

Maurício de Sousa tem abordado o tema reencarnação

nos quadrinhos da Turma da Mônica.

Dessa forma as crianças vão se familiarizando,

naturalmente, com temas como reencarnação.

FILME NOSSO LAR NOS CINEMAS

Na esteira do sucesso de "Bezerra de Menezes", o novo roteiro de temática espírita deve ser o longa-metragem Nosso Lar, baseado na obra de Chico Xavier, pelo espírito André Luiz. O projeto é da Federação Espírita Brasileira (FEB) e da Cinética Filmes.

O roteiro é baseado no livro "Nosso Lar", primeiro romance trazido pelo médium mineiro Chico Xavier, da série em parceria com o espírito do médico André Luiz. Narra sua trajetória depois de desencarnar, passando pela cidade espiritual que dá nome ao livro, até retornar à Terra para rever seus familiares. Em essência, "é a história de um homem que vai aprender a amar a si e aos semelhantes - e a Deus sobre todas as coisas".

Publicado inicialmente em 1944, o livro encontra-se em sua 58ª edição e, em breve, alcançará a marca de dois milhões de exemplares vendidos.

O filme será lançado em 2010.

FILME CHICO XAVIER NOS CINEMAS

Em 02/04/2010 estreará, nos cinemas,

Chico Xavier, o filme.

Sobre a vida de Chico Xavier

Produzido pela Globo Filmes e Estação da Luz;

Com direção de Daniel Filho;

Distribuído pela Columbia/Sony Pictures;

Com música de Egberto Gismonti e Olívia Byngton;

Participarão do elenco:

Nelson Xavier: Chico Xavier (1969/1975)
Ângelo Antônio: Chico Xavier (1931/1959)
Matheus Costa: Chico Xavier (1918/1922)
Tony Ramos: Orlando
Christiane Torloni: Glória
Giulia Gam: Rita
Letícia Sabatella: Maria
Giovanna Antonelli: Cidália
Paulo Goulart: Saulo Gomes
Cássia Kiss: Iara
Cássio Gabus Mendes: Padre Júlio Maria
Rosi Campos: Cleide
Ana Rosa: Carmem



PROGRAMA TRANSIÇÃO NA REDE TV – CANAL ABERTO

Programa Espírita, semanal, vai ao ar todos os domingos na REDE TV ás 15:15 horas.

SELO COMEMORATIVO AO CENTENÁRIO

DO NASCIMENTO DE CHICO XAVIER.


A Comissão Filatélica Nacional, órgão pertencente aos Correios que analisa os motivos dos selos, aprovou o pedido de homenagear com selo comemorativo o centenário do nascimento do médium Francisco Cândido da Silva Xavier, o Chico Xavier cujo nascimento ocorreu em 02/04/1910 na cidade de Pedro Leopoldo (MG)

Como os amigos podem ver, muitas coisas estão acontecendo ou acontecerão FORA do meio Espírita, por iniciativa de Espíritas ou não, mas que com certeza auxiliarão muito na divulgação do ESPIRITISMO.

Que cada um de nós, no seu possível, aproveite que o interesse da população será despertado e utilize todas as oportunidades possíveis para colaborar na divulgação da nossa querida DOUTRINA, seja promovendo eventos, preferencialmente fora das casas espíritas, para que esse público compareça com mais facilidade ou convidando amigos e parentes a participar desses eventos.

Convidando amigos a assistir uma palestra e conhecer o Centro Espírita, indicando a leitura de um bom livro, enfim realmente aproveitando as oportunidades que aparecerem.

Lembrando que o objetivo não é tornar ninguém Espírita, mas divulgar as idéias Espíritas, respeitando as convicções religiosas de cada um. Afinal somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai, independente do nome que lhe atribuímos e da religião que adotamos.

Quem quiser ver a história em quadrinhos completa:

http://www.monica.com.br/comics/reencarnacao/welcome.htm

Trailer do filme Chico Xavier:

http://www.youtube.com/watch?v=UFB9jF7s8dY

Todos os Programas Transição já exibidos:

http://www.programatransicao.tv.br/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Daniel Filhos fala sobre as filmagens de Chico Xavier - o filme

Ao ser perguntado sobre fenômenos sobrenaturais durante as filmagens, o diretor Daniel Filho acalma a todos. Mas afinal, aconteceram ou não?

Segundo a Globo Filmes, Daniel Filho acredita que não. “Algumas pessoas viram, mas acho que isso depende delas”, afirmou o diretor.

Durante as filmagens, sentiram o cheiro de rosas no ambiente e acharam que era a presença de Chico. Em um outro momento, em uma fazenda, caía uma forte chuva no lugar e, curiosamente, não choveu no pequeno raio onde eles rodavam.

Inspirado no livro As Vidas de Chico Xavier, do jornalista Marcel Souto Maior, Chico Xavier – O Filme tem estreia prevista para 02 de abril de 2010.

Fonte: www.cinemaemcena.com.br

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Turma da Mônica e a reencarnação

A revista em quadrinhos Turma da Mônica lançou uma história explicando às crianças o processo da reencarnação. Com a linguagem leve que lhe é peculiar, o gibi traz uma abertura às discussões, no meio infantil, sobre temas ligados ao Espiritismo. Para visualizar o conteúdo basta acessar: www.monica.com.br/comics/reencarnacao/

Novela com temática espírita

A Doutrina Espírita vem sendo tema recorrente em novelas da TV Globo. “Além da Vida” será a nova novela das 18 horas e contará, mais uma vez, com abordagem à luz do Espiritismo. Tendo como protagonista o ator Humberto Martins, um pai atormentado pelo espírito do filho (Jayme Matarazzo Filho) morto em um acidente e que volta do umbral para atrapalhar a vida amorosa do pai que se apaixonará perdidamente por sua ex-namorada (Nathália Dill).

A autora e os três atores principais estão estudando as obras do espírito André Luiz para poderem compor a trama e os personagens. Carlos Vereza também atuará na novela. O tema será a obsessão e a lei de causa e efeito. Segundo a autora a novela trará um diferencial para o Espiritismo. Pela primeira vez será mostrado uma chefe do umbral em vez de um chefe homem. A novela está prevista para estrear em março ou abril.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Palestra especial

No dia 21/01, quinta-feira, o Centro Espírita Manoel Figueira Neto terá a palestra de Edvaldo Kulchelski, de Curitiba. Não deixe de prestigiar este trabalhador da seara espírita, que trará novos ensinamentos.

Dia 21/01
Horário: 20 h
Local: Centro Espírita Manoel Figueira Neto