domingo, 5 de dezembro de 2010

Reencarnação


Através do Espiritismo, tomamos conhecimento sobre as leis morais e as leis de Deus. E quanto mais conhecimento nós tivermos, mais responsabilidade teremos sobre nossos atos. E é também graças à doutrina espírita que podemos enxergar que o que mais importa não são as coisas materiais, mas sim o futuro do espírito.

E o futuro, é claro, depende do que fazemos hoje. Dito isto, chegamos ao tema deste texto.

A reencarnação é uma nova existência na carne para que a alma evolua e siga o caminho da perfeição. No Livro dos Espíritos está escrito que “a justiça de Deus proporciona novas chances para aqueles que não puderam alcançar o objetivo em uma primeira prova”.

É por isso que temos reencarnado, vez após outra, desde o tempo em que éramos homens das cavernas. O ponto em que estamos hoje é o máximo que já obtivemos em níveis de evolução – e devemos sempre lutar contra nossas más inclinações para que consigamos melhorar cada vez mais.

Mas não dá para falar neste assunto sem entrar em um tópico muito importante: família.

Os espíritos formam, fora do plano material, seus grupos afins. Eles se unem pela afeição, simpatia e vontades parecidas, assim como qualquer grupo de amigos aqui na Terra. Esses espíritos sempre procuram-se, e a encarnação só os separa momentaneamente. Mas muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família aqui na Terra, e assim trabalham unidos pelo próprio progresso.

Mas Deus também permite que espíritos antipáticos reencarnem em uma mesma família, para que isto lhes sirva de prova. Aquele amigo a quem traímos e abandonamos no passado pode voltar ao nosso contato na forma de um parente difícil. Alguém que tenhamos levado ao suicídio pode voltar como um filho com uma doença incurável; a mulher a quem fizemos mal pode retornar como uma esposa problemática ou como uma filha incompreensiva.

Isso mostra a perfeição da justiça e da bondade de Deus, pois Ele permite que arrumemos aquilo que foi mal feito no passado.

E por que temos que consertar os erros no corpo físico, e não no espiritual? Muitos se fazem esta questão. Mas viver na carne é um desafio necessário para melhorarmos. Aqui na Terra temos que buscar soluções para as dificuldades, como para nos locomovermos a longas distâncias, nos comunicarmos com quem está longe, nos alimentarmos, nos curarmos de doenças e cuidarmos do meio ambiente. Todas essas barreiras nos ajudam a desenvolver nossa inteligência.

Outra dúvida que aflige as pessoas é: Há limites para a encarnação ou teremos que renascer infinitamente? Sobre isso, o Espiritismo explica que cada nova existência é um passo rumo à perfeição. Reencarnaremos até que sejamos espíritos puros. Aos poucos, conforme nossa evolução, o corpo físico vai se tornando menos denso, e em um futuro ele se confundirá com o perispírito, livrando-nos da carne como a conhecemos hoje.

E será que sempre renasceremos no mesmo planeta?
Bem, seremos atraídos a diferentes lugares, de acordo com a necessidade. A maioria de nós tem forte ligação com a Terra, desde sua formação, mas não podemos descartar a possibilidade de migrações para outras moradas.
Acredita-se que espíritos de outras esferas, mais evoluídas, estão renascendo na Terra, principalmente a partir de 1980, para preparar o planeta para os novos tempos. Segundo pesquisas, as crianças índigo possuem uma inteligência acima do normal, porém apresentam comportamento rebelde. Isso já está causando mudanças no sistema educacional, pois esses espíritos não aceitam seguir regras, e necessitam de muito amor e paciência. Aos poucos sai de cena aquele sistema bruto de educação, baseado em castigos, para dar lugar a um movimento que usa o carinho e o respeito para com os semelhantes.

Por outro lado, os espíritos que já estão há muito tempo sem obter resultados em sua evolução – aqueles que não aprendem nem com o sofrimento e continuam no caminho do mal – passarão a não mais encarnar na Terra. Serão levados a nascer em outras esferas, inferiores, onde terão mais dificuldades, ao mesmo tempo em que serão úteis, pelo fato de serem mais evoluídos do que os que lá se encontram.

A reencarnação é aceita por muitas religiões, e já foi defendida por várias figuras célebres, como Gandhi, Vitor Hugo, Tolstoi e Sócrates. O próprio Cristo já tinha dito: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.


Além disso, como explicar os “gênios”, que desde a infância mostram-se com faculdades superdesenvolvidas? Mozart já compunha valsas aos 6 anos de idade; Michelangelo foi considerado um artista completo aos 8; Vitor Hugo revelou-se como grande escritor aos 13. A explicação para esses fenômenos só pode ser uma: eles nasceram trazendo lembranças da vida passada.

Enfim, há muito o que se falar a respeito deste empolgante tema, mas o que mais nos importa é saber que A REENCARNAÇÃO FUTURA DEPENDE DA ATUAL. Nossa próxima vida poderá ser feliz ou dolorosa, dependendo de como levarmos a vida presente.